Tuesday, September 30, 2008

Monday, September 29, 2008

Ainda e sempre, Ary dos Santos...

Os putos

Uma bola de pano, num charco
Um sorriso traquina, um chuto
Na ladeira a correr, um arco
O céu no olhar, dum puto.

Uma fisga que atira a esperança
Um pardal de calções, astuto
E a força de ser criança
Contra a força dum chui, que é bruto.

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos
Mas quando a tarde cai
Vai-se a revolta
Sentam-se ao colo do pai
É a ternura que volta
E ouvem-no a falar do homem novo
São os putos deste povo
A aprenderem a ser homens.

As caricas brilhando na mão
A vontade que salta ao eixo
Um puto que diz que não
Se a porrada vier não deixo

Um berlinde abafado na escola
Um pião na algibeira sem cor
Um puto que pede esmola
Porque a fome lhe abafa a dor.

Sunday, September 28, 2008

O Verão

Estás no verão,
num fio de repousada água, nos espelhos perdidos sobre
a duna.
Estás em mim,
nas obscuras algas do meu nome e à beira do nome
pensas:
teria sido fogo, teria sido ouro e todavia é pó,
sepultada rosa do desejo, um homem entre as mágoas.
És o esplendor do dia,
os metais incandescentes de cada dia.
Deitas-te no azul onde te contemplo e deitada reconheces
o ardor das maçãs,
as claras noções do pecado.
Ouve a canção dos jovens amantes nas altas colinas dos
meus anos.
Quando me deixas, o sol encerra as suas pérolas, os
rituais que previ.
Uma colmeia explode no sonho, as palmeiras estão em
ti e inclinam-se.
Bebo, na clausura das tuas fontes, uma sede antiquíssima.
Doce e cruel é setembro.
Dolorosamente cego, fechado sobre a tua boca.



José Agostinho Baptista
(in Paixão e Cinzas)
(retirado do blogue Encosta do mar)

Saturday, September 27, 2008

Não está ninguém no parque


hoje o meu coração entrou no teu
as minhas lágrimas caem pelas tuas
que te sufocam e quase se recusam a transparecer
sei que te falta o ar
ouço a tua voz num grito controlado
choras... não choras...
não sei!
mas ouço-te
as rasteiras que a vida passa
levantaste-te
cambaleaste
mas há as que deixam um espaço em branco
vazio
solidão nas noites
um soluço constante
engolido
escondido
feito esquecido
sei-te
consigo imaginar-te
não! ... apenas tentar imaginar
gostar de ti cada vez mais
amar-te até
hoje revolto-me por ti
porque quando fecho as minhas mãos as tenho cheias
e tu não...

Obrigada, Luísa

Friday, September 26, 2008

Uma ida à Berlenga?


Depois de estar na ilha dois dias sem barco, eis que chegou o Pássaro do Sol para "me" trazer para terra...
Como sei que andam por aí uns amigos a organizarem uma pescaria por lá, que tal contactarem este "passaroco"? Transporta 12 pessoas, faz-se uma viagem excelente, e o contacto é o 963073818 - Zé Manel ou Floriano.
Garanto que não tenho comissão, apenas gostava que visitassem a ilha, que é uma beleza...

Já agora, até final de Setembro o Restaurante está aberto. E o telefone é o 262750331, e tem quartos para alugar...

Thursday, September 25, 2008

O teu beijo


Desço ao azul mais azul deste mar
que me atira contra a rocha bruta
e me devolve sempre ao cais donde parti
Nesta onda deixei o teu beijo e morri
ficou bem guardado nesta gruta
à espera que o venhas resgatar

Wednesday, September 24, 2008

Samba pra Vinicius



Poeta
Meu poeta camarada
Poeta da pesada
Do pagode e do perdão
Perdoa essa canção improvisada
Em tua inspiração
De todo o coração
Da moça e do violão
Do fundo

Poeta
Poetinha vagabundo
(Virado vira mundo
Vira e mexe e paga e vê)
Quisera todos fossem
iguais a você
Que a vida não gosta de esperar
A vida é pra valer
A vida é pra levar
Vininha, velho, saravá
Vinicius, velho, saravá


Toquinho, Quarteto em Cy, Chico Buarque

Tuesday, September 23, 2008

Pablo Neruda, 35 anos depois...

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros à distância".
E o vento da noite gira pelo céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a quis e por vezes ela também me quis.
Em noites como esta tive-a entre meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela me quis, e por vezes eu também a quis.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos?
Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.

E ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como na relva o orvalho.
Que importa o meu amor se eu não pudesse guardá-la?
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. À distância alguém canta. À distância...
A minha alma não se conforma por havê-la perdido.
Como para alcançá-la o meu olhar procura-a.
O meu coração procura-a, mas ela não está comigo.

A mesma noite faz branquejar as mesmas árvores.
Nós, os de outrora, já não somos os mesmos.
Já não a quero, é certo, mas talvez ainda a queira
Minha voz ia no vento cantar-lhe ao ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.
Já não a quero, é certo, mas talvez a queira ainda.
É tão curto o amor, é tão longo o olvido.

Porque em noites como esta tive-a entre meus braços,
Minha alma não se conforma por havê-la perdido.
Ainda que seja esta a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

Ceguei


Ceguei
De tanto te amar e tanto te querer
Ceguei
De te olhar todos os dias e não te ver
Ceguei
De ter o teu cheiro em mim e não te sentir
Ceguei
E tu emudeceste
Porque falo contigo e não me respondes
Porque te beijo e não sentes nada
Porque te estendo a mão e nem sequer a vês
Cegaste…

Monday, September 22, 2008

Quem se lembra?



Poetas andaluces de ahora
Aguaviva


Boa semana!

Saturday, September 20, 2008

Campanha de ajuda humanitária ao povo de Cuba


As Caraíbas, o México o sul dos EUA foram nas últimas semanas afectados por vários fenómenos naturais extremos que causaram centenas de vítimas mortais e avultados prejuízos materiais ainda difíceis de contabilizar.

Em Cuba, afectada no espaço de uma semana e meia por dois furacões e uma tempestade tropical, e onde o furacão Ike assumiu proporções de grande gravidade, apenas a notável eficiência dos planos de emergência cubanos para este tipo de situações evitou que os violentos fenómenos naturais causassem um drama humano de grandes proporções, existindo contudo 7 vítimas mortais a lamentar.

Mas a destruição provocada é enorme e sem precedentes: Estima-se que 350.000 casas tenham sido afectadas, 30.000 das quais com capacidade de reconstrução bastante limitada. Em algumas províncias esses números significam 80% do total das habitações. Importantes infra-estruturas, como estradas, rede eléctrica e armazéns de reservas estratégicas, foram severamente lesadas. Uma primeira estimativa dos prejuízos causados em Cuba pelos furacões aponta para cerca de 150 milhões de dólares de prejuízos. Particularmente afectadas pela devastação foram as culturas agrícolas, o que já obrigou o governo cubano a recorrer a todas as reservas alimentares para atenuar os efeitos imediatos da escassez de alimentos.

Cuba é sempre o primeiro país a disponibilizar e a prestar auxílio – alimentar, médico e técnico - a todos os povos e países vítimas de catástrofes naturais ou de outras calamidades. Foi o primeiro a oferecer ajuda aos EUA aquando das terríveis inundações provocadas pelo Katrina, apenas para referir um exemplo recente e da mesma natureza. Contudo, mesmo sendo vítima de uma catástrofe natural destas dimensões, Cuba permanece sujeita ao criminoso bloqueio económico imposto pelos EUA – o mais longo da história da humanidade.

À semelhança de muitos outros países e organizações por todo o mundo é tempo de os portugueses furarem o criminoso bloqueio a Cuba e se mobilizarem para enviar para o País que está sempre na primeira linha da solidariedade internacional a amizade, o apoio e a ajuda que o povo de Cuba agora necessita. Cuba está sempre por todos, é altura de todos estarmos por Cuba.

Assim, por iniciativa da Associação de Amizade Portugal-Cuba, a que se associam muitas outras organizações sindicais, do movimento da paz, de variados movimentos sociais e políticos, lança-se em Portugal uma Campanha de Solidariedade com Cuba "Cuba por Todos, Todos por Cuba", com o objectivo de fazer chegar ao povo cubano géneros alimentares de primeira necessidade (conservas, leite em pó, farinhas, massas e arroz, feijão) e recolher fundos para apoiar a reconstrução em Cuba.

Ao lançar esta campanha a Associação de Amizade Portugal-Cuba e as organizações subscritoras deste apelo apelam à participação de todas as organizações, entidades, públicas e privadas e cidadãos, nesta campanha para apoiar a reconstrução em Cuba.

Brevemente serão disponibilizadas informações sobre outros pontos de recolha dos alimentos para Cuba e o número da conta bancária para recepção de toda a solidariedade com que cada um possa contribuir.

Outras iniciativas de solidariedade com o mesmo objectivo serão em devido tempo comunicadas a todos aqueles que se queiram associar a esta campanha. Todas as informações podem ser obtidas junto do Secretariado Permanente da Campanha "Cuba por todos, todos por Cuba" que funcionará na Casa da Paz, em Lisboa.

As organizações subscritoras:

Associação de Amizade Portugal-Cuba
CGTP/IN
Conselho Português para a Paz e Cooperação
Juventude Comunista Portuguesa
Movimento Democrático das Mulheres
Voz do Operário

CONTACTO:

Secretariado permanente da Campanha
Casa da Paz
Rua Rodrigo da Fonseca, 56 – 2º –
1250-193 Lisboa (perto do Marquês de Pombal)
Telefones: 213 863 375 / 213 863 575
Fax: 213 863 221
Telemóveis: 962 022 207, 962 022 208, 966 342 254, 914 501 963
E-mail: todosporcuba@gmail.com

Armazém Central de Recolha
Alameda D. Afonso Henriques nº 42 (junto à Fonte Luminosa)
Lisboa
(entrada de viaturas pela Rua do Garrido, lote 748, Lisboa)

Associação de Amizade Portugal-Cuba
Rua Rodrigo da Fonseca 107-r/c-Esq, Lisboa
1070-239 LISBOA
Telefone: 21 385 73 05

(o texto não é de minha autoria,
é um apelo que circula, e muito bem, pela net)

Friday, September 19, 2008

Corro


Corro
Contra a mentira
Contra a hipocrisia
Contra a submissão
Sempre.
O preço pode ser alto
Mas mesmo assim
Eu continuarei a correr
Pela justiça e pela verdade
Sempre.

Thursday, September 18, 2008

Lendo notícias sobre a Bolívia, lembrei-me de Ary...

Em nome dos nossos braços
em nome das nossas mãos
em nome de quantos passos
deram os nossos irmãos.
Em nome das ferramentas
que nos magoaram os dedos
das torturas das tormentas
das sevícias dos degredos.
Em nome daquele nome
que herdámos dos nossos pais
em nome da sua fome
dizemos: não passam mais!

E em nome dos milénios
de prisão adicionada
em nome de tantos génios
com a voz amordaçada
em nome dos camponeses
com a terra confiscada
em nome dos Portugueses
com a carne estilhaçada
em nome daqueles nomes
escarrados nos tribunais
dizemos que há outros nomes
que não passam nunca mais!

Em nome do que nós temos
em nome do que nós fomos
revolução que fizemos
democracia que somos
em nome da unidade
linda flor da classe operária
em nome da liberdade
flor imensa e proletária
em nome desta vontade
de sermos todos iguais
vamos dizer a verdade
dizendo: não passam mais!

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
o trabalho somos nós.
Por isso tornos enxadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

E em nome das conquistas
vindas dos ventos de Abril
reforma agrária controlo
operário no meio fabril
empresas que são do estado
porque o seu dono é o povo
em nome de lado a lado
termos feito um país novo.
Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

Em nome do que passámos
não deixaremos passar
o patrão que ultrapassámos
e que nos quer trespassar.
E por onde a gente passa
nós passamos a palavra:
Cada rua cada praça
é o chão que o povo lavra.
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos passar ao futuro.

(Ary dos Santos)
(O sangue das palavras)

Wednesday, September 17, 2008

Os Jogos Paralímpicos

Acabaram hoje os Jogos Paralímpicos de Pequim, 2008.
Não vi a cerimónie de abertura, e hoje vi apenas parte da cerimónia de encerramento.
Não tenho dúvidas que estas duas cerimónias permanecerão na memória de quem as viu, pelo menos até 2012, quando os Jogos forem em Londres.
A transmissão televisiva foi uma vergonha, comparada com a dos Jogos Olímpicos. Porquê?
Portugal trouxe 7 medalhas, contra 2 nos Olímpicos (em Atenas tivemos 14). Isto dá que pensar nos apoios que os nossos atletas recebem, ou não, nos apoios que as instituições recebem, ou não, enfim, na política desportiva deste governo. Não querendo levantar muita celeuma, apetece-me perguntar "quem é que é deficiente"?
Deixo aqui um abraço grande e um sincero MUITO OBRIGADA aos medalhados.

Não sei porquê, mas apetece-me Brel


Que tal esta musiquinha a meio da semana?

Tuesday, September 16, 2008

ASAS

Nós nascemos para ter asas, meus amigos.
Não se esqueçam de escrever por dentro do peito: nós
nascemos para ter asas.
No entanto, em épocas remotas, vieram com dedos
pesados de ferrugem para gastar as nossas asas como
se gastam tostões.
Cortaram-nos as asas para que fôssemos apenas
operários obedientes, estudantes atenciosos, leitores ingénuos
de notícias sensacionais, gente pouca, pouca e seca.
Apesar disso, sábios, estudiosos do arco-íris e de coisas
transparentes, afirmam que as asas dos homens crescem
mesmo depois de cortadas, e, novamente cortadas,
de novo voltam a ser.
Aceitemos esta hipótese, apesar não termos dela
qualquer confirmação prática.
Por hoje é tudo. Abram as janelas. Podem sair.

José Fanha
(Queridas Bibliotecas)

Sunday, September 14, 2008

Pele


Foi no meu grito que te perdi. E de tantas lágrimas fiz-me rio e desaguei-me no mar que és. Para onde vou, sempre. À procura do teu abraço que já não tenho. O que me resta de ti é o teu cheiro nos lençóis onde me deito e a saudade do amor que não tivemos tempo para nos dar. A pele, a tua pele, continua colada à minha. De tanto te amar. Na espera suada da morte.

(comentado noutro blog)

Thursday, September 11, 2008

Foi há 35 anos, no Chile!


"Trabajadores de mi Patria, tengo fe en Chile y su destino. Superarán otros hombres este momento gris y amargo en el que la traición pretende imponerse. Sigan ustedes sabiendo que, mucho más temprano que tarde, de nuevo se abrirán las grandes alamedas por donde pase el hombre libre, para construir una sociedad mejor.

¡Viva Chile! ¡Viva el pueblo! ¡Vivan los trabajadores!

Estas son mis últimas palabras y tengo la certeza de que mi sacrificio no será en vano, tengo la certeza de que, por lo menos, será una lección moral que castigará la felonía, la cobardía y la traición."

(Excerto do último discurso de Salvador Allende, assassinado no assalto ao Palácio de La Moneda)





Plegaria a un labrador


Levántate y mira la montaña
de donde viene el viento, el sol y el agua.
Tú que manejas el curso de los ríos,
tú que sembraste el vuelo de tu alma.

Levántate y mírate las manos
para crecer estréchala a tu hermano.
Juntos iremos unidos en la sangre
hoy es el tiempo que puede ser mañana.

Líbranos de aquel que nos domina
en la miseria.
Tráenos tu reino de justicia
e igualdad.
Sopla como el viento la flor
de la quebrada.
Limpia como el fuego
el cañón de mi fusil.
Hágase por fin tu voluntad
aquí en la tierra.
Danos tu fuerza y tu valor
al combatir.
Sopla como el viento la flor
de la quebrada.
Limpia como el fuego
el cañón de mi fusil.

Levántate y mírate las manos
para crecer estréchala a tu hermano.
Juntos iremos unidos en la sangre
ahora y en la hora de nuestra muerte.
Amén.

(Victor Jara - 1969)
(este post foi pré-programado, pois não queria deixar de assinalar esta data)

Monday, September 08, 2008

Mil vezes


Já te disse mil vezes e vou repetir aqui
que o meu amor por ti, de antanho,
é um amor sem tamanho

Já te disse mil vezes que nada faz sentido
se tudo não for vivido, assim,
como se fosse o fim

(Vou acolá. Depois eu volto.
Deixo beijos a todos)

Agradecendo, outra vez...

A Blue Velvet resolveu um dia destes ver-se livre de vários prémios que tinha lá no sótão, e andou a distribuí-los.
Calharam-me em sorte alguns, que passo a revelar:
O prémio de Qualidade Arte Ponto Vida, que "foi criado para homenagear e reconhecer o trabalho de Blogueiras e Blogueiros cujos Blogues incentivam a Terapia do Artesanato."
As regras deste prémio são:
1) Indicar de quem você o recebeu (da Blue Velvet)
2) Dizer porque você resolveu criar o seu blog
3) Dizer qual o é o seu artesanato preferido
4) Homenagear outros 13 blogues com os quais você mais se familiariza

Porque resolvi criar este blog?
Porque me apeteceu, porque tinhas palavras escritas há mais de 20 anos guardadas numa gaveta, porque queria mostrar a ilha da Berlenga tal como ela é e tirar o "mito" de que a viagem é muito difícil...
Qual é o meu artesanato preferido?
Gosto de todo o tipo de artesanato.
13 Blogs com os quais me familiarizo e que deveria homenagear, passando o Prémio:
Aqui não vou responder. É a melhor forma de homenagear os muitos blogues com os quais me familiarizo, são muito mais do que treze...

Também me ofereceu o Prémio Luz
Que "deve ser repassado a sete amigas que se mostrem generosas, espontâneas e alegres"
Colocar o link de quem ofereceu o prémio - já sabem, foi a Blue Velvet.
Colocar o link das pessoas escolhidas para receberem o prémio - mais uma vez não vou nomear ninguém. Como de outras vezes, quem quiser pode levar o prémio...
Agora devo responder a duas perguntas, a saber:
- Qual sua maior virtude? Prefiro usar a palavra "qualidade" em vez de virtude, e a minha maior qualidade é, sem dúvida, a solidariedade.
- Qual seu maior defeito? Falta de paciência...

Fui ainda presenteada com o prémio Dardos, que já foi objecto de um post no dia 27 de Agosto, e ainda o prémio Best of Blogs. Mais uma vez quem quiser pode levar...

Como se não bastassem os prémios, a Blue Velvet deu-me ainda uns mimos, cujos selos passo a expor:

E estas duas bonecas

E como resolveu mesmo limpar todo o sótão, ainda me deixou um UM DESAFIO "Venha de lá uma imagem", que consta em definir o blogue da Blue Velvet através de uma imagem.
Como vou agora de férias terei tempo para pensar na imagem que mais se adequa, na minha opinião, ao blogue da BV. Logo que possível lhe farei chegar essa imagem.

Depois do cansaço da Festa, o cansaço de fazer este post.... claro que estou a brincar!
Muito obrigada, Blue Velvet, por todo o carinho demonstrado. Provavelmente não mereço tanto...
Beixo-te beijos...

Friday, September 05, 2008

Finalmente, na Festa!


É aqui que vou rever amigos
É aqui que vou dar abraços
É aqui que vou respirar e viver
Nos próximos três dias!

Thursday, September 04, 2008

Antecipando o dia de amanhã...


Amanhã, a esta hora, vai ser assim...

E Chico, que esteve, com os anteriores, na Festa!



Cotidiano

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã...

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café...

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida prá levar
E me calo com a boca de feijão...

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca prá beijar
E me beija com a boca de paixão...

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã...

Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café...

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida prá levar
E me calo com a boca de feijão...

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca prá beijar
E me beija com a boca de paixão...

Toda noite ela diz pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor...

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã...

Chico Buarque

Wednesday, September 03, 2008

Edu Lobo, que também já esteve na Festa!



Upa neguinho

Patapatri tri tri tri tri
Tri Badabá!...

Upa, neguinho na estrada
Upa, pra lá e pra cá
Virge!
Que coisa mais linda!
Upa neguinho
Começando a andar
Começando a andar...

Upa, neguinho na estrada
Upa, pra lá e pra cá
Virge!
Que coisa mais linda!
Upa neguinho
Começando a andar
Começando a andar...

Começando a andar
E já começa apanhar...

Cresce, neguinho
E me abraça
Cresce e me ensina a cantar
Euuuuuuuu
Vim de tanta desgraça
Mas muito te posso ensinar
Mas muito te posso ensinar...

Capoeira!
Posso ensinar
Ziquizira!
Posso tirar
Valentia!
Posso emprestar
Mas liberdade
Só posso esperar...

Patapatri tri tri tri tri
Tri Badabá!...


Edu Lobo

Tuesday, September 02, 2008

Simone, que já esteve na Festa!



Uma nova mulher

Que venha essa nova mulher de dentro de mim,
Com olhos felinos felizes e mãos de cetim
E venha sem medo das sombras, que rondam o meu coração,
E ponha nos sonhos dos homens
A sede voraz, da paixão
Que venha de dentro de mim, ou de onde vier,
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das corças e lute com todas as forças,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor....
quero ser assim, quero ser assim
Senhora das minhas vontades
E dona de mim
Livre, livre, livre para o amor,
Quero ser assim, quero ser assim,
Senhora das minha vontades
E dona de mim....
Que venha de dentro de mim, ou de onde vier,
Com toda malícia e segredos que eu não souber
Que tenha o cio das corças e lute com todas as forças,
Conquiste o direito de ser uma nova mulher
Livre, livre, livre para o amor
Quero ser assim, quero ser assim,
Senhora das minhas vontades
E dona de mim
Livre, livre, livre para o amor,
Quero ser assim, quero ser assim,
Senhora das minhas vontades
E dona de mim....
Que venha essa nova mulher de dentro de mim
Que venha de dentro de mim ou de onde vier
Que venha essa nova mulher de dentro de mim

Composição: Paulo Debétio - Paulinho Rezende


Para uma Mulher especial, com um abraço especial.

Monday, September 01, 2008

Vôo


As minhas mãos são sempre segredo...
...e na memória das marés me liberto.

Como se voasse até nunca mais.
Ou até sempre.