Saturday, May 30, 2009

Música para o fim de semana



La Vida No Vale Nada

La vida no vale nada
si no es para perecer
porque otros puedan tener
lo que uno disfruta y ama.
La vida no vale nada
si yo me quedo sentado
después que he visto y soñado
que ne todas partes me llaman.
La vida no vale nada
cuando otros se están matando
y yo sigo aqui cantando
cual si no pasara nada.
La vida no vale nada
si escucho un grito mortal
y no es capaz de tocar
mi corazón que se apaga.
La vida no vale nada
si ignoro que el asesino
cogió por otro camino
y prepara una celada.
La vida no vale nada
si se sorprende otro hermano
cuando supe de antemano
lo que se le preparaba.
La vida no vale nada
si cuatro caen por minuto
y al final por el abuso
se decide la jornada.
La vida no vale nada
si tengo que posponer
otro minuto de ser
y morirme en una cama.
La vida no vale nada
si en fin lo que me rodea
no puedo cambiar qual fuera
lo que tengo y me ampara.
Y por eso para mi
la vida no vale nada.

Friday, May 29, 2009

Desabafo

Cansei-me de te ouvir falar de amor. Cansei-me de te ouvir dizer que amas. Não. Tu não amas, tu queres ser dono de quem dizes que amas. Não busques mais palavras porque não vale a pena. As pessoas não são propriedade de ninguém, e a maior prova de amor é exactamente a liberdade que tu não dás, nem sequer admites. Não és dono de ninguém. Tu estás doente. As constantes e insistentes palavras que escreves ou dizes já não prendem ninguém, nem convencem ninguém. O amor tem que ser igual para os dois lados, não como tu queres. Sentes-te a perder terreno, e é verdade. Deixa-me que te diga que, se não parares para pensar, vais perder o pouco que ainda resta do amor, que já foi tão grande, e que foste matando, sem saber, devagarinho...

Thursday, May 28, 2009

Porque hoje é preciso dizer

NÃO PASSAM MAIS

Em nome dos nossos braços
em nome das nossas mãos
em nome de quantos passos
deram os nossos irmãos.
Em nome das ferramentas
que nos magoaram os dedos
das torturas das tormentas
das sevícias dos degredos.
Em nome daquele nome
que herdámos dos nossos pais
em nome da sua fome
dizemos: não passam mais!

E em nome dos milénios
de prisão adicionada
em nome de tantos génios
com a voz amordaçada
em nome dos camponeses
com a terra confiscada
em nome dos Portugueses
com a carne estilhaçada
em nome daqueles nomes
escarrados nos tribunais
dizemos que há outros nomes
que não passam nunca mais!

Em nome do que nós temos
em nome do que nós fomos
revolução que fizemos
democracia que somos
em nome da unidade
linda flor da classe operária
em nome da liberdade
flor imensa e proletária
em nome desta vontade
de sermos todos iguais
vamos dizer a verdade
dizendo: não passam mais!

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
o trabalho somos nós.
Por isso tornos enxadas
canetas frezas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

E em nome das conquistas
vindas dos ventos de Abril
reforma agrária controlo
operário no meio fabril
empresas que são do estado
porque o seu dono é o povo
em nome de lado a lado
termos feito um país novo.
Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

Em nome do que passámos
não deixaremos passar
o patrão que ultrapassámos
e que nos quer trespassar.
E por onde a gente passa
nós passamos a palavra:
Cada rua cada praça
é o chão que o povo lavra.
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos passar ao futuro.

(Ary dos Santos)
(O sangue das palavras)

Wednesday, May 27, 2009

Caminho da Vontade


É este o novo livro de Paulo Afonso Ramos.
Se puderem aparecer no lançamento, dia 30, não se vão arrepender...

Deixo aqui um poema do Paulo:

Margem


É da outra margem
que observo o sonho
em silêncio…
Escondo-me num segredo
só meu, que talvez,
talvez um dia seja também teu.
É dessa mesma margem
que imagino os passos do castelo
e as intempéries que afagam os rostos
das casas, e nem me esqueço das pessoas
que durante décadas atravessaram
este nosso Tejo.
(Onde me encontro e desencontro).
E esta margem,
agora minha, que por estes instantes,
estende o seu olhar
pelo meu corpo
pelo meu desejo
e até pela cidade que se agiganta
mesmo aqui ao lado…
Esta margem
que é um lugar de partilha,
partilha dos segredos
dos acontecimentos
esta margem
que absorve-me
encanta-me
e nunca me diz não!
Volto sempre
em silêncio
em segredo
para sentir…
E sinto mesmo,
sinto o meu sonho a sorrir…

Tuesday, May 26, 2009

Este lado de cá


Sei como é este lado da viagem. E é deste lado que quero estar.
As tuas palavras sufocam-me, de tão intensas. E leio-te com ternura.
A inquietude das tuas águas chama o meu nome. E eu vou, sempre.
Dás-te conta que é o tempo em que preciso de ti. Para respirar.

Monday, May 25, 2009

***


Deixa que me repita neste choro de amar e sofrer.
Vira-te pra mim se da minha voz sair apenas o silêncio.
Sabe a sal o vermelho do meu sangue, de tantas lágrimas engolidas.
Mesmo assim sorrio. E dos meus olhos saem pérolas de ternura.
Diz-me que posso acordar em ti. Por ti. Por nós.
Porque quando adormecer tudo acaba...

Saturday, May 23, 2009

Confiança e Luta!



Hoje é aqui que vou estar! Com Camaradas e Amigos.
E cantigas, que também são armas!

Friday, May 22, 2009

De volta, para a luta!

JOEIRA!

Até quando te calarás, povo?
Até quando te quedarás irresoluto?
Até quando te verei receoso?
Até quando serás ingénuo?
Até quando escutarás
os pregadores
que exploram
a tua inefável candura?
Mestres e guias infalíveis...?
Há-os de voz potente
e de botas ferradas;
há-os mais suaves,
até angélicos
e muito sábios...
Há os que usam, com palavras demasiado escolhidas,
a tua língua.
Joeira, povo,
com uma peneira finíssima
e esfrega a pele
nos cardos que te rodeiam
até que a dor se torne insuportável,
até sentires a dor soar
como um clarim de combate.

Félix Cucurull

(retirado daqui)

Tuesday, May 19, 2009

Dois Poemas e uma Canção para Catarina

Gravura de José Dias Coelho

ROSA DE SANGUE


Os olhos dos camponeses
São fogos na madrugada,
Os olhos dos camponeses
São fogos na madrugada.

Mal o seu corpo tombou
A noite ficou cerrada,
A noite ficou cerrada.

Tiros soaram longe
No silêncio da campina,
Tiros soaram longe
No silêncio da campina.

Rosa de sangue brotou
Dos seios de Catarina,
Dos seios de Catarina.

Maduro se fez o trigo
Em terra sem ser regada,
Maduro se fez o trigo
Em terra sem ser regada.

Quem no sangue semeou
Há-de colher uma espada,
Há-de colher uma espada.

Os olhos dos camponeses
São fortes na madrugada,
São fortes na madrugada.

(António Ferreira Guedes)

UNIDOS, CAMARADAS

Cala-te amigo
Ouve... é a flor do trigo
Chorando Catarina assassinada
Cala-te amigo
Nós não somos flor de trigo
Choremos doutro modo camarada

Que sejam nossas lágrimas passadas de firmeza
No posto de combate dos nossos ideais
Rumo à vitória até que não haja nunca mais
Quadrilhas de assassinos na terra portuguesa

Cala-te amigo! Forjemos na unidade
De Catarina o sonho de rutila beleza
Um Portugal feliz em paz e liberdade

(Eduardo Valente da Fonseca)


(este post estava pre-programado. A net portátil não me deixa visitar-vos a todos...
Já não falta muito para voltar.)

Saturday, May 16, 2009

O que faz uma rosa...

(foto de Sérgio Ribeiro)

Trago no peito um peso de carregar com a vida. Mas hoje senti-me pássaro. Embebedo-me com o cheiro das flores dos jardins. Bebo da água cristalina que jorra da fonte. De repente o vento. Forte e arrastando quase tudo pelo caminho. Menos as flores, que teimosamente resistem. Como nós...

(vou ali. depois volto, logo logo)

Friday, May 15, 2009

Acabei de o ver, e ele é tão bom...



Despierta niño, arriba, que llega el alba
Despierta niño, arriba, que espera España.
Que espera España, sí, te está esperando,
el tiempo es tu aliado, y se está acabando.

Levántate, comienza la soldadura,
entre la España quieta y la del hierro,
entre la de los llanos, la de altura,
entre la del taller y la del rezo.

Levanta, carga, suena, ausculta y salva,
escribe, canta, cuenta, potencia y anda.
Que hay una España gris que se nos muere
y otra que resucita, como de nieve.

Despierta niño, arriba con la esperanza,
que la España del chiste hay que enterrarla,
que está cantando el gallo la madrugada
y hay una España nueva que te reclama,
que hay una España nueva que te reclama.

Thursday, May 14, 2009

Uma onda a...


Perdi-me ao descer as escarpas da noite. Nem a lua para me orientar. Apenas um som longínquo de um piar de uma gaivota. Desci mais um pouco. De repente um cheiro familiar. O teu. E uma onda a rebentar...

Wednesday, May 13, 2009

Para descontrair.....

O médico estava tendo um caso com a enfermeira.
Após um tempo, ela lhe disse que estava grávida.
Não querendo que sua mulher soubesse, ele deu dinheiro à enfermeira, mandou que ela fosse para a Itália e tivesse o bebê por lá.
- Mas como vou avisar você quando o bebê nascer? - ela perguntou.
- Apenas mande um postal e escreva no verso, "spaghetti". Cuidarei de todas as despesas da criança.
Sem alternativa, ela pegou o dinheiro e voou para a Itália.
Seis meses se passaram e um belo dia a mulher do médico telefona para ele no consultório e diz:
- Querido, você recebeu um cartão-postal da Europa pelo correio hoje, e eu não consigo entender o significado da mensagem.
- Quando eu chegar em casa, explico a você.
Naquela noite, o médico chegou em casa, leu o cartão-postal e caiu no chão com um violento ataque cardíaco.
Ele foi transportado imediatamente para o hospital e encaminhado à emergência.
O chefe do plantão, enquanto tentava confortar a mulher, perguntou-lhe:
- Aconteceu algo que possa ter causado o ataque cardíaco?
A mulher do médico pegou o cartão-postal e leu:
- "Spaghetti, spaghetti, spaghetti, spaghetti e spaghetti. Três com linguiça, e dois sem".

(recebida por mail, claro...)

Tuesday, May 12, 2009

a-p


Pode o amor ser perfeito?

Monday, May 11, 2009

Obrigada, pelo Adoles-Ser!



CASA NO CAMPO

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

Friday, May 08, 2009

Música para o fim de semana



(vou ali. depois volto, logo logo)

Thursday, May 07, 2009

Belo é o amor

Pode o amor ser apenas um momento

intensamente vivido sofrido chorado

Pode o caminho ser íngreme e duro

o difícil é fácil se a dois caminhado

Pode o rio mudar o rumo e nascer na foz

percorrer os montes e no silêncio desaguado

Podemos dar-nos as mãos e assim abraçados

Caminhar para o futuro sem esquecer o passado...

Belo é "o amor feito caminho em nós, no silêncio"...




Wednesday, May 06, 2009

Porque gosto tanto...



Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada
Outra que eu souber será pra ti

Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar

Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor

Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer

Tuesday, May 05, 2009

Uma Flor


O meu jardim tem árvores relva flores e um lago. E uma casa.
Quando me passeio por lá olho as flores e vejo-as crescer, a cada dia. Agora os cravos.
A relva amacia-me os pés descalços e o aroma enche-me os pulmões. Terra-mãe.
As ávores são partes de mim plantadas há muito tempo, que cresceram frondosas e me abrigam. Um colo.
Há árvores com muitos anos, outras com menos, mas todas igualmente bonitas. Ouvem-me.
Duas são especiais. Uma enorme e outra mais pequena. Estão perto do lago e abraço-as. A minha casa.
O meu jardim tem todos os aromas e todas as cores. De todas as flores.
Há um canteiro diferente, ao pé do lago e perto das duas árvores. De cravos semeado. Já nascidos.
Mesmo ao lado um outro canteiro tem uma flor prestes a rebentar. De aroma diferente.
No lago do meu jardim está ancorado um barco, que me espera. Entro e remo por entre chorões e nenúfares e patos e cisnes. E há peixes que se escapam.
Toda a noite remei. À espera. Ao fim da manhã atraco o barco e vou ao canteiro ver da flor. Já nasceu.
É filha do amor e da poesia. É uma Margarida e cheira a bébé…

M*

Menina de tantos olhos
Amor espumado de ti
Regaço de tantos colos
Grito gritado, sim
Amigo ponte barco mão
Rio inteiro e sua margem
Infinita ternura no coração
Desejo de sangue, estrada e viagem
Abraço Abril nosso. Quente. Sempre.
Forte. Para sempre.

Monday, May 04, 2009

Para descontrair.....

UMA PISCINA MÁGICA!!!

Durante uma festa de arromba, com a nata dos políticos e diplomatas presentes no País, o anfitrião, milionário alemão, já meio tocado, fez-se ouvir para anunciar:

- Eu queria dizer uma coisa... a minha piscina é mágica!!!

Todos, pensando que era delírio do dono da casa, começaram a rir.

Nisto, o dono da casa começa a correr, dá um pulo para a piscina e grita:
- CERVEJA!!!

A água muda para cerveja, o tipo vai nadando, vai bebendo e, ao sair do outro lado, a piscina volta ao normal.

O Embaixador italiano, estupefacto com o que estava a presenciar, corre também, dá um salto e grita:
- VINHO!!!

E a água transforma-se em vinho. Ele nada, sai do outro lado e, novamente, a piscina volta ao normal.

O Adido francês vai, dá um pulo para dentro da piscina e grita:
- CHAMPAGNE!!!

E a água muda para champanhe. Quando sai do outro lado a piscina volta ao normal.

José Sócrates, vibrando de emoção com o que está a acontecer no seu Portugal, corre também para a piscina.
Quando já vai no ar, o Armando Vara, seu amigo de infância, diz-lhe:
- Cuidado Zé, tens o telemóvel no bolso!!!

E o Sócrates grita:
- MMMEEERRRDDDAAAA!!!!!!!!!!

(Merecido banho!...)


(recebida por mail...)

Sunday, May 03, 2009

Carrego-te


Para além dos montes cruzei-me com o teu cansaço. Um rio cristalino na fonte, que engrossava à medida que descia montes abaixo. Até à foz. Até ao mar, onde desaguam todos os amores e todos os cansaços.
Acompanhei-o ao longo da margem mais bonita do rio, cheia de flores e árvores onde os pássaros chilreavam e o sol tentava aquecer a terra. Depressa cheguei à foz. E no meu desaguar ouvi uns acordes de viola. Alguém tocava. Foi logo a seguir que ouvi a tua voz...

Friday, May 01, 2009

Desabafo

provocador ordinário xico esperto traidor verme provocador cobra venenoso não colou traidor mentiroso repugnante jorras pus pelos olhos despudorado desonesto putrefacto nojento traidor esperteza saloia idiota réptil pestilento ordinário virulento vómito fétido pútrido espeta pregos javardo desonesto traidor cheiras mal da boca ordinário cadáver adiado bocarra aberta repugnante sem-vergonha despudorado provocador traidor desonesto malvada a hora em que a tua mãe abriu as pernas para que pudesses sair

VIVA O 1º DE MAIO!

(imagem da net)

NÃO PASSAM MAIS

Em nome dos nossos braços
em nome das nossas mãos
em nome de quantos passos
deram os nossos irmãos.
Em nome das ferramentas
que nos magoaram os dedos
das torturas das tormentas
das sevícias dos degredos.
Em nome daquele nome
que herdámos dos nossos pais
em nome da sua fome
dizemos: não passam mais!

E em nome dos milénios
de prisão adicionada
em nome de tantos génios
com a voz amordaçada
em nome dos camponeses
com a terra confiscada
em nome dos Portugueses
com a carne estilhaçada
em nome daqueles nomes
escarrados nos tribunais
dizemos que há outros nomes
que não passam nunca mais!

Em nome do que nós temos
em nome do que nós fomos
revolução que fizemos
democracia que somos
em nome da unidade
linda flor da classe operária
em nome da liberdade
flor imensa e proletária
em nome desta vontade
de sermos todos iguais
vamos dizer a verdade
dizendo: não passam mais!

Em nome de quantos corpos
nossos filhos foram feitos.
Em nome de quantos mortos
vivem nos nossos direitos.
Em nome de quantos vivos
dão mais vida à nossa voz
não mais seremos cativos:
O trabalho somos nós.

Por isso tornos enxadas
canetas fresas dedais
são as nossas barricadas
que dizem: não passam mais!

E em nome das conquistas
vindas nos ventos de Abril
reforma agrária controlo
operário no meio fabril
empresas que são do estado
porque o seu dono é o povo
em nome de lado a lado
termos feito um país novo.

Em nome da nossa frente
e dos nossos ideais
diante de toda a gente
dizemos: não passam mais!

Em nome do que passámos
não deixaremos passar
o patrão que ultrapassámos
e que nos quer trespassar.
E por onde a gente passa
nós passamos a palavra:
Cada rua cada praça
é o chão que o povo lavra.
Passaremos adiante
com passo firme e seguro.
O passado é já bastante
vamos passar ao futuro.

(Ary dos Santos)